Parece piada mas não é não. Será que algum de nós que está lutando na Justiça para receber essa correção se lembra de toda a história. A nossa ação é de 1995, ano que vem fará 20 anos e muitos ainda não terão recebido o que lhe é devido. Pois bem, a situação dos militares é um pouco mais antiga. Faz parte da estratégia dos últimos governos brasileiros para maquiagem de privilégios remuneratórios. É por sinal uma das farsas mais perfeitas. Acreditamos que a mesma foi montada em 1994 na esteira do Plano Real, quando passarinhos no poder decidiram dar um aumento (REAL) exclusivo para os militares, e ainda assim os de alta patente, deixando de fora todos os civis e a grande maioria da tropa. Caprichando em sua maquiagem, os passarinhos, criaram uma tabela decrescente da maior até as patentes intermediárias, ou seja uma burla total à Constituição vigente que previa índices iguais e na mesma época para todos os servidores federais. Por quê então 28.86%? Na verdade esse índice é a média dessa tabela e nenhuma patente recebeu esse valor: Uns muito mais e outros menos. A iniciativa de entrar na Justiça começou pelos civis que, não discutindo a maquiagem, pois teríamos o direito de requerer o valor das maiores patentes, decidiram se contentar com a média. Ao que parece, ao entrar nessa disputa, os militares decidiram pelo contrário, respeitando a Constituição no tocante a índices iguais, e a Ação está chegando agora ao seu final no STF, sem que o governo tenha a mínima chance de reverter o seu resultado, mas o governo, agora de trabalhadores, não se dá por vencido, e, segundo divulgado pela Revista Época, pensa em pagar os soldos atrasados com precatórios desvalorizados e de difícil resgate.
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