quinta-feira, 12 de março de 2009

Planos de Saúde

No dia 10 de fevereiro a comu­nidade ibgeana foi sacudida pela informação do término do contrato do Plano de Saúde com a Fe­deração Paulista da UNIMED SP (FPSP) e, logo em seguida, por e-mails e telegramas de uma entidade (CASSIMED), oferecendo um pla­no, ao qual as pessoas poderiam aderir até o dia 16 de fevereiro, por sinal com valores bem elevados.
Dentro do pânico, susto e medo, os participantes aguardaram uma orientação que dependia de uma Assembleia a ser realizada no dia 12, quando foi tomada a deci­são para a adesão ao plano do Ins­tituto Brasileiro de Benefícios pa­ra Cooperativas e Associações (IBBCA), exatamente o mesmo oferecido no dia 10 pela CASSIMED (estranho?). Para culminar com o descalabro, no dia 14 (sábado), apo­sentados receberam um telegrama dando a notícia e fixando o prazo para adesão até o dia 16 (segunda-feira), sem terem tempo maio para obter informações ou procurar plano mais acessível.
A SIAS aceitou receber para o seu plano os interessados em aderir, pois, apesar de tudo, era mais ba­rato que o ofertado. Mas, só acei­tava os que tivessem vínculo (SIAS-Previdência), não aceitando pensionistas e os aposentados do INSS, prorrogando a adesão até o dia 27.
Nossa preocupação é grande, pois 2.279 pensionistas estão impedidos de filiar-se à SIAS e, também, não recebem do governo os R$55,00 do Auxílio Médico; além disso, dos 5.266 aposentados (80% de nível médio), uma grande parcela é de aposentados de forma proporcional, incluindo-se nestes os que passaram à inatividade depois de 2004, que, além da redução salarial, perderam a paridade com os vencimentos do IBGE.
Ficamos pasmos com a frieza e o desrespeito como foi tratada esta grave questão. Aposentados e pensionistas, na sua maioria pessoas próximas ou com mais de sessenta anos, e, portanto, pagando os valores mais elevados, não receberam a mínima consideração.
Vale lembrar que, embora o DAPIBGE não tenha ligação com qualquer plano de saúde, foi totalmente envolvido pela preocupação dos associados. Nossos telefones não pararam de tocar, não só no horário normal de funcionamento, das 13 às 17 horas, que, muitas das vezes, teve de ser estendido por duas e até três horas, como no mutirão que havíamos montado pela manhã para resolver a exclusão do SIAPE. Eram telefonemas e mais telefonemas, muitos desesperados, outros apenas para orientação, uma palavra de consolo e alguns desafetos injustos. Tivemos de apelar até para o escritório de advocacia contratado, o qual acha que a lesão de direitos e o abuso econômico são claros, cabendo portanto ações judiciais. Por não sermos parte do contrato, ainda não sabemos como intervir. Enquanto resolvemos isso, todo aquele que se achar lesado e assim o decidir, pode e deve apelar para os Procons ou mesmo para a Justiça gratuita.
Analisando este momento crítico da saúde do ibgeano, voltamos à antiga conclusão. Não há por parte da União uma política de Assistência Médica para servidores, pensionistas e seus familiares, ficando todos à mercê do desacreditado SUS. Saudades do IPASE!
A grande massa de aposentados e pensionistas do IBGE (7.545), precisa unir-se, juntar forças e procurar defender os seus direitos e interesses, sem partidarismos políticos ou lutas desnecessárias, que tanto desviam o rumo de nossas reivindicações.
Por oportuno, lembramos a gran­de bandeira do DAPIBGE para essa questão: um Plano Único de Saúde para Todos, ativos, inativos e pensionistas, sob a responsabilidade da União, como ocorreu no passado.

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